quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Del amor y otros sentimientos

Os dias que precederam o nascimento da Luísa foram de muita paz e alegria. Não me lembro de haver estado tão tranquila como naqueles longos 9 meses. Mesmo sem ter sido uma gravidez planeada ela foi muito desejada. Claro que tive meus momentos de insegurança...24 anos, sem ter acabado meus estudos, longe da família... Porém algo que me dava muita tranquilidade era o futuro pai. Uma pessoa carinhosa, que desejava muito aquele bebê e que sempre me chamou atenção pela maneira como cuidava da sua mãe e irmãs e de mim claro!
Eu, apesar dos contras, quando me vi grávida decidi que estava pronta pra ser mãe. Porque não agora? Eu na verdade nem cogitava a possibilidade de ter ou não...eu me sentia mais feliz que nunca...nem parei pra pensar bem em tudo que viria pela frente.
Depois de quase 10 meses com ela na barriga, muita ansiedade e uma grande batalha pra vê-la chegar ao mundo...ela estava ali...e eu só lembro de olhar aquele serzinho maravilhoso e indefeso, que me necessitava pra tudo e de pensar: E agora???
Porque o que eu vou dizer pode parecer óbvio, mas ser mãe é muito mais do que aprender a trocar fraldas, dar banho, peito, mamadeira ou acalmar uma cólica. E eu li todos aqueles livros que achava que iam me preparar para o futuro que me esperava e me achava de fato super preparada e só quando ela nasceu fui me dar conta que ser mãe é algo que se aprende dia trás dia ao lado do filho. E amar também.
Nada foi instantâneo! E no meio daquela tormenta hormonal eu me sentia culpada por não sentir aquele amor incondicional do qual todo mundo falava. Eu queria cuidà-la, protegê-la, dar todo o amor que eu tinha, achava que não existia bebê mais lindo nesse mundo (e não há!), mas...não sentia aquela tão esperada felicidade. Eu olhava pela janela e via que la fora a vida seguia pra todo mundo e eu estava ali dentro...dava o peito, dava colinho, dava carinho, fazia dormir e já era hora de dar o peito outra vez e eu mal encontrava tempo para tomar um banho ou dormir um pouco. Sem contar com as dificuldades para dar o mama, uma coliquinha ali, choro inconsolavel là. E eu olhava pra ela e chorava também...e tinha medo de não saber cuidar bem dela...e chorava porque achava que nunca mais conseguiria tomar um banho sem escutar um bebê chorando no fundo, porque meus peitos doíam, porque tinha medo de ficar sozinha com ela em casa etc etc etc.

E pouco a pouco fomos nos conhecendo e eu fui ganhando confiança, perdendo o medo e a tristeza era algo que tinha ficado no esquecimento. Ah, o cansaço estava ali...mas mal sabia yo que ele vinha pra ficar por muito tempo. Faz parte.
E tudo isso era pra contar como é incrível a vida. Sete meses depois a relação que temos é tão forte que achava que era impossível existir algo assim. Esse tal de amor incondicional existe sim. Nossas vidas, minha maneira de ver as coisas e o mundo mudou completamente. E eu de coração dedico todo o meu tempo à ela e isso me realiza e me faz a pessoa mais feliz desse mundo. E ver como ela sorri cada vez que me vê, aquela mãozinha que me acaricia quando está cansada como ela se acalma no meu colo é um prazer que não tem explicação. A vida é incrivelmente melhor graças à ela!
Eu e ela

8 comentários:

  1. Aiiii!!! que cosita má bonita, de jeans, descalça y de bandana...nada más mediterranea...

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  2. Isa querida! que encantamento esse seu texto, essa sua tentativa de explicar o sentimento de ser mãe!
    Sim, uma tentativa, pq vc sabe que por mais que se esforce, é muito mais e muito além de tudo que se pode dizer, escrever.
    Nós sabemos não é mesmo?!
    Feliz demais por saber de ti assim.!
    Parabéns, alegrias muitas e muitas ainda virão.
    Beijo
    Lili

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  3. Cadê a lulu do tio, cadê? E essa buchechinnha goida, de quem é? É do tio,fofinha, é do tio? Isso, baba o tio, baba... isso, arranca o cabelo do tio, ai! Que coisa linda essa lulu, que cheirinho de bebê, que cheir... DOIAAAAAA, acho que a tua filha tá cagada!!

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  4. Mãe..cada dia mais linda essa Luluzinha né?

    Lili: Realmente é inexplicavel. Sò sendo mãe (apaixonada) pra saber. E falando em filhos você deve estar morrendo de orgulho da Julia né? Com toda razão! Estou muito feliz por vocês.

    Jê: Vai se preparando que daqui a pouco estamos ai...e muitas fraldas cagad*s vão rolar. Não basta ser dindo...tem que participar!

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  5. Querida filha, nunca li um texto tão claro para esprimir sentimentos como esse teu. No teu último mês de gravidez, que estivemos aí contigo,eu já percebia que terias uma criança maravilhosa. Estavas tranquila, quase parecendo segura rs...
    A parceria do Lucho também foi, o tempo todo, de atenção e carinho.
    Lembro no dia seguinte ao nascimento da Luisa, ainda no hospital, do teu choro e insegurança por não sentir o "amor incondicional" que tanto buscavas. Também lembro da Gisa te dizendo que tinhas que ter calma e ficar tranquila que tudo isso passava e as coisas iam acontecer.
    Aconteceram !!!!!!!!
    Que bom minha filha. Fico emocionado ao ler este teu relato e cada vez acredito mais que o amor é o que nos salva.
    Tens uma família feliz e cheia de amor.
    Que mais queres???
    Te amamos Dóia !

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  6. ai, que bom ler um relato desses, verdadeiro, sem "nhem-nhem-nhem-sou-a-melhor-mae-do-mundo". uma vez ouvi uma coisa da qual eu acredito piamente: seu marido vai trata-la da forma que trata a mae. nao tem nenhuma bizarrice freudiana aih, eh simples: se ele responde com grosseria à mae e te trata com carinho, acredite: eh soh questao de tempo ate que ele seja grosso com você tambem. se ele trata a mae com respeito, ele provalmente sera assim com voce. comprovo isso vendo a relacao dos meus irmaos e suas namoradas, do meu pai e minha falecida avoh, do meu namorido e sua mae... confirmo.

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  7. Vim retribuir a visita e encontrei um blog gostoso de ler, bem no comecinho, que é bom porque aí dá pra ler de cabo a rabo em uma dormida do filhote!
    Esses sentimentos do comecinho da vida dos filhos são muito misturados, mesmo... amor, cansaço, zero perspectiva de ter “sua vida” de volta (leia-se aí: tomar banho, fazer uma refeição completa, dormir... quem é mãe sabe, né?)... mas depois que a coisa se ajeita vem uma felicidade tremenda mesmo!
    Linkei você lá no leite e prosa, tá?
    Beijos
    Natalia

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  8. Muito legal seu blog!!
    Fiz um tb agora, há pouco tempo, para minha filhota!! Passa lá!!
    Tb sentia a mesma coisa em relação ao tal amor incondicional, e é horrível (e lá vem a culpa!!), pois parece que não vai acontecer, mas acontece e vem mais forte que nós e enraiza na nossa alma... depois que isso acontece nunca mais somos as mesmas... é muito doido isso!!!
    Bjs,
    Dan.

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