quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Meu bebê bio

Não é novidade nenhuma que a ingestão de produtos químicos nocivos que são adicionados aos alimentos industrializados (conservantes, corantes, flavorizantes, estabilizantes, adoçantes, acidificantes, homonios, antibioticos, metais pesados...), consumidos em larga escala tem como consequencia a velocidade de envelhecimento, o enfraquecimento do sistema imunológico, a incidência de doenças crônicas, degenerativas, alérgicas e tantos outros males.

No começo da minha gravidez vi uma reportagem na televisão francesa que falava que o primeiro alimento ingerido pelo bebê ao nascer, o leite materno contém um nivel absurdo de quimicos graças aos alimentos ingeridos pela mãe durante a gestação.  Foi então quando decidi que era o momento idoneo para fazer uma mudança habitos.

Foi muito facil. Na França se encontra sem problemas em todos os supermercados todo tipo de alimentos organicos. Carnes, verduras, frutas, cereais. Também existem os mercados especializados, tão grandes e com tanta variedade como as grandes empresas.

E é assim como nos alimentamos desde então. Tento ser bem atenciosa com a alimentção da Luisa. Papinhas preparadas em casa com carne, verduras e frutas orgânicas. Mesmo na Espanha, onde estamos morando agora, que é dificil de encontrar este tipo de alimentos sempre existe umas papinhas bio para vender e o que eu faço é ter um pequeno estoque em casa. Também não sou nenhuma fanatica...claro que ela come alguma coisa industrializada as vezes, mas a idéia é evitar tanta porcaria.

O grande inconveniente é que custa caro! As vezes até 3 mais que um alimento normal. Mas para quem pode se permitir sem duvida vale a pena. E quem tem o privilégio de morar em casa uma maravilhosa idéia é ter um pomar.

Informação e conselhos que encontrei no Cozinha natureba:
Graus de contaminação de frutas e hortaliças

Folhas (alface, agrião, almeirão, rúcula, couve-manteiga, tempero verde etc.)Apresentam ciclo de vida curto e são os vegetais que recebem um número menor de pulverizações.

Raízes, bulbos, tuberosas (beterraba, cenoura, alho, cebola etc.)
Apresentam um ciclo de vida intermediário e, por esse motivo, recebem maior número de pulverizações.
Alerta: batatas e cebolas, por serem consumidas em grande escala, são exceções, recebendo cerca de 30 pulverizações de agrotóxicos, durante o ciclo da cultura.

Legumes (tomate, pimentão, berinjela, pepino, abobrinha etc.)
São os mais delicados para produzir, ficando mais sujeitos ao ataque de pragas e doenças.
Alerta: o tomate, sendo um dos campeões de venda, também é campeão em resíduos: recebe em média 36 pulverizações.

Frutas:
Por terem um ciclo ainda mais longo, em geral, recebem maior número de pulverizações. Podemos selecioná-las conforme o grau de contaminação:

Baixo risco de contaminação - caqui, pitanga, abacate, acerola, jaboticaba, coco, bergamota comum, bergamota polkan, nêspera;

Médio risco de contaminação - banana, manga, abacaxi, melancia, laranja, mamão formosa, maracujá;

Alto risco de contaminação - morango, goiaba, uva, maçã, pêssego, mamão papaia, figo, pêra, melão, nectarina.

Algumas dicas para evitar e/ou diminuir a ingestão de agrotóxicos:

1) Dê preferência a frutas e verduras da época

Fora da estação adequada é quase certo que a fruta, verdura ou legume tenha recebido cargas maiores de agrotóxicos. É por isso que quando você não encontra tomate, cebola ou outros produtos na feira orgânica é porque não está na época deles. Escolha outro produto que os substitua em termos nutricionais.

2) Procure sempre descascar as frutas

Não sendo orgânicas, os resíduos de agrotóxicos ficam especialmente nas cascas das frutas; nesse caso, é importante descascá-las, principalmente os pêssegos e maçãs.

3) Lave bem as frutas e verduras

Use água corrente durante pelo menos 1 minuto, limpando sua superfície. Ou coloque-as numa solução de água (1 litro) com um pouco de vinagre (4 colheres de sopa), durante vinte minutos.

Alerta: como a atuação da maior parte dos agrotóxicos é "sistêmica" (quando aplicado às plantas, circulam através da seiva e por todos os tecidos), descascar e lavar as frutas não garante a eliminação total dos resíduos, somente sua diminuição.

4) Retire as folhas externas das verduras

Em geral, ali se concentram mais agrotóxicos.
Com sua retirada, a "carga mais pesada" é eliminada.

5) Diversifique nas hortaliças e frutas

Além de propiciar boa mistura de nutrientes, reduz a chance de exposição ao mesmo agrotóxico usado pelo agricultor.

6) Dê preferência aos produtos nacionais e de sua região

Alimentos que percorrem longas distâncias, normalmente, são pulverizados pós-colheita e possuem um nível maior de contaminação.

Texto baseado em informações do engenheiro agrônomo Moacir Roberto Darolt, autor do livro Alimentos Orgânicos - Um Guia para Consumidores Inteligentes.

Um comentário:

  1. Oi Isadora, obrigada por sua visita e dicas! Adorei e estou me informando para aderir cada vez mais a onda "bio". Adorei o post, muito explicativo!
    Venha sempre no Super Duper, estou te seguindo!
    Bjos
    Anne
    mammisuperduper.blogspot.com

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